3ª etapa Nacional 2 - Sertã - Viseu

 173 km 🚴🏼‍♀️ 2539 m D+ 🏔️


A etapa seria longa e durinha, por isso, o despertador tocou ás 5h30 da manhã! Sai da Sertã já passava das 7h e a manhã estava bem fresquinha!







Na N2, encontro uma localidade chamada "Ramalhos". Achei piada pois é o meu apelido no plural. Vou apreciando a paisagem apesar de estar frio! Há muito silêncio ao longo da estrada.




A minha 1' pausa foi em Pedrogão Pequeno no café do Mercado Municipal. Bebo um cafezinho quentinho, carimbo o passaporte e trago umas empadas. São umas boas barras energéticas! Nunca eu comi tanta empada na vida!




Passo na Barragem do Cabril, uma das maiores barragens portuguesas, onde faz fronteira entre o concelho de Pedrogão Grande e Sertã. Tiro umas fotos, contemplo a paisagem e sigo tranquilamente até Pedrogão Grande.






Em Pedrogão Grande, paro nas bombas de combustivel, não para abastecer a bike mas perguntei por ali se carimbava o passaporte. A senhora não tinha o carimbo oficial mas tinha o dela. Não me importei! Comprei 2 imanes bem bonitos e ainda conversei mais de meia hora com ela. Ofereceu-me um café e fiquei a saber que o filho dela já tinha morado na Póvoa de Santa Iria, bem pertinho de onde moro. Como o mundo é pequeno! Gabou-me a coragem de viajar sozinha de bicicleta! Digo muitas vezes que já estou habituada a viajar a solo e que adoro ter a minha liberdade! É tão bom fazer o que me apetece e ter o tempo todinho para mim! Adoro pedalar com os meus pensamentos e com a minha própria companhia! Só assim nos vamos conhecendo ao longo da vida, quando contamos só connosco próprios!




Tinha por ali conversa até mais não mas ainda tinha muitos km para percorrer. Despedi-me e quando passei nos bombeiros, fui lá também carimbar. Apesar de já ter perdido ali muito tempo, não consegui ir embora sem ir ao centro da localidade. Apesar de já ter percorrido a N2, em Dezembro de 2016, há localidades que não me recordo. Eu e o Telmo, apanhamos tanto frio que não paravamos em todo o lado.






Dou umas voltas pelas ruas e encontro o bonito jardim da Devesa, situado mesmo no centro da vila. Sem esperar, encontro um baloiço! Mais um baloiço para a coleção. Claro que fui baloiçar! Vem ao meu encontro, um senhor que viu as minhas fotos num grupo do FB da N2. Reconheceu a minha fininha Jorbi! Eheheh ...Espetáculo! Sai desta terra com vontade de ficar ainda mais tempo. Vale bem a visita e as pessoas são muito simpáticas! Fiquei com vontade de voltar!




Bem, já tinha ficado por lá mais de 1h30 mas tinha tempo. O dia ainda era uma criança! Para mim, é importante "perder" tempo nas localidades e falar com as pessoas. Adoro pedalar mas também adoro trocar palavras com pessoas que nem conheço. Tento sempre deixar a mensagem que a vida é para ser vivida! A palavra medo só nos impede de viver o que realmente queremos viver. Estamos cá de passagem! Há que gozar os nossos dias enquanto por cá andamos.

Sigo viagem e passado uns km, paro no café da Picha. Não riam pois é mesmo assim que se escreve! Já tinha passado pela Venda da Gaita. É só localidades engraçadas por ali. O senhor que tinha encontrado em Pedrogão, tinha-me dito que também carimbavam por ali o passaporte. Não resisti e comprei mais três imanes, os mais bonitos que tinha até ali!







O frio vai-se embora e tiro os pernitos! Era hora de bronzear os "presuntos"!

Esta zona tem tanto de dureza como de beleza! A barriga estava a ficar impaciente e decido parar mesmo no alcatrão com vista para a serra, para comer uma empada. Saco vazio não aguenta em pé! Há motas que passam, apitam e cumprimentam! É engraçado esta cumplicidade ao longo da estrada, mesmo eu não estando a percorrer a N2 com uma mota.






Desvio-me da N2, para ir ao centro de Góis, uma vila que já conheço bem! Vou ao posto de turismo carimbar o passaporte e trago mais um iman. São imanes! Colam-se a mim! Em Góis, a paragem obrigatória é no café Kentidoce. Degustei uma Gamelita que é a gordisse tradicional local e ainda trouxe um folar (a massa é parecida com o pão de leite) e meia dúzia de biscoitos de gila. Adoro estes biscoitos!









O tempo a passar e eu aproveitava os lugares calmamente! Não tenho motor mas o meu pensamento é sempre positivo! Acredito que pensamentos positivos atrai energias positivas! Eu iria chegar a Viseu! A etapa é muito bonita e tranquila! Estava calor! Parecia um dia de Verão!




Em Vila Nova de Poiares, faço um desvio de uns 3 km para ir aos Bombeiros. Eu queria o carimbo da terra e provavelmente iria encontrar o Posto de Turismo fechado pois era sábado.







No regresso, encontro um jardim bem bonito e vou espreitar! N resisto e como uns biscoitos de gila. Fico arrependida de não ter comprado mais! São mesmo bons! (E eu sou mesmo gulosa!)




Vou ao centro da localidade. É agradável e vale a pena a visita!






Ao km 242, encontro o ponto mais ocidental da Nacional 2, a aldeia de Louredo.






No alcatrão, encontro um traçado verde, bem visivel ! Aqui, dão importância ás bicicletas e assim alertam também os automobilistas.



Penacova, km238. Entro no Posto de Turismo para carimbar o passaporte e o senhor de lá pergunta-me "É a Sónia Ramalho?! O Rafael Silva deixou isso para si." Eu fiquei sem palavras! Uma caixa com gordisses regionais e uma lembrança da N2. O Rafael não me conhece pessoalmente, somente das redes sociais mas ao saber que iria passar por ali, quis presentear-me com algo da terra que ele tem tanta paixão. Não combinamos nada mas ele certamente calculava que iria parar ali. Sai dali com uma imensa alegria! Não pelos bolos mas pelo gesto em si!








Adoro Penacova. Já lá acampei por uns dias e quero voltar pois a zona é lindissima! As pedaladas junto ao Rio Mondego é de uma imensa tranquilidade!






Faço uma pausa, à sombra, junto à Barragem da Aguieira para degustar os bolinhos regionais de Penacova. Não tinha fome mas estava muito calor, ainda se podiam estragar. A Nevada de Penacova e o Pastel de Lorvão são deliciosos! Ainda não conhecia estas gordisses.









A etapa era durinha e estava muito calor mas ao longo do caminho tinha tido boas surpresas que me davam ânimo para continuar em frente sempre com um sorriso! Há uma parte chata do percurso pois a construção da Barragem da Aguieira levou a que uma parte da estrada N2 ficasse submersa e a alternativa é fazer alguns troços da IP3 e outras estradas secundárias paralelas a esta.




Em Santa Comba Dão, encontro o Posto de Turismo fechado, deambulo pelas ruas e encontro um café aberto onde tem o carimbo.






Sigo até Tondela. Paro num café, carimbo o passaporte e aproveito para comer mais uma empada que trazia comigo. Procuro dormida em Viseu pois já estava perto de lá chegar. Encontro um hostel baratinho, mesmo no centro histórico da cidade.










Em Viseu, chego mesmo a horas de ir ao supermercado antes de fechar e ainda dar um salto à Confeitaria Amaral. É obrigatório degustar um Viriato! Foi o troféu que conquistei ao chegar à cidade.





Tinha sido mais uma etapa concluida com sucesso! No dia seguinte, eu sabia que iria ao encontro dos meus amigos! Eu ia conquistar o marco 0 da N2!

Comentários

  1. Está excelente boas fotos,não sabia que a n2 estava submersa pela barragem, sempre aprender

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  2. Grande etapa e pode ser que alguns municípios ou juntas de freguesia da margem sul também pintem uma faixa verde nas estradas, abraço 👍👍👍🆗

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