Eu, a Bicicleta e a Mochila às Costas

Arrifana – Sagres - Lagos – Figueira (Portimão) Distância 105,14 km; 1350 m altimetria Saiu-se da pousada e logo a seguir entrou-se em trilho, num bom ritmo. Estávamos todos  fresquinhos ... ou não! Eheh ... mas ao km 10, mais uma paragem inesperada...um furo!  A partir do km 25, era ver a altimetria a subir a bom ritmo, durante 15 km. Para mim, estava a ser uma  excelente etapa! Puxar um pouco pelas pernas. Subir com a mochila às costas é que não era muito  agradável, mas aguentei firme, pois as fascinantes paisagens compensavam todo o esforço.  A zona da Carrapateira é um pouco mais puxada, tanto em subidas como em descidas, mas é  simplesmente deslumbrante! Após estes pequenos percalços, rolei até Sagres e almocei umas boas febras  grelhadas no restaurante “O Retiro do Pescador” e saboreei uma bela fatia de bolo de bolacha. Aqui já se  notava que alguém tinha “o homem da marreta” a chatear eheheh mas o nosso amigo Castanhinha até se  aguentou m

Almograve – Arrifana Distância 67 km; 763 m altimetria Após um belo pequeno almoço na pousada, reiniciou-se a aventura rumo ao Cabo Sardão para  vislumbrar excelentes paisagens, parar um pouco para fotografar e ver o quanto a Costa Vicentina é  deslumbrante. O azar bateu à porta...perdemos algum tempo com um pequeno rasgo no pneu de um  companheiro, mas estes percalços fazem sempre parte do BTT. Paragens inesperadas  ...mas o mais  importante era o pneu se aguentar para não estragar a viagem. E lá se aguentou ... Esta etapa já foi num  ritmo mais calmo, sempre com trilhos fantásticos, pouco alcatrão e também junto a um canal, onde se ouvia  as rãs a coaxar.  Uma pausa, em Zambujeira do Mar, para comprar uma lembrança: um íman.  Em Odeceixe,  uma boa subida em calçada, deu para quebrar a monotonia de um trilho que estava a ser tão plano.  A chegar a Aljezur, foi tempo de ir comprar o jantar, pois não sabíamos o que nos esperava em  Arrifana e não qu

E já passaram 7 anos ... A minha primeira travessia em bicicleta e de mochila às costas foi em Maio de 2013, com dois  amigos. Já competia, tinha evoluído bastante nas pedaladas, desde 2010 e conseguia aguentar longas  distâncias. Sentia-me bem preparada para viver 3 dias intensos em BTT. Foram quase 300 km de boa disposição com 2699 m de altimetria.  Nunca esquecerei as palavras de um amigo "Fazes a primeira travessia e não quererás outra coisa!"  Na altura, estava longe de imaginar o que poderia viver somente com uma bicicleta. E ele tinha razão ...  Quando vives uma primeira aventura, de mochila às costas, dificilmente quererás voltar a competir e a  pedalar com tanta pressa. Começas a tomar o gosto de pedalar, a um ritmo que consegues tirar prazer de  todo o ambiente que te rodeia! Palavras que escrevi em Maio de 2013: 1º dia: 5h Póvoa de Santa Iria – Gare do Oriente Distância 12,5 km 7h55 Setúbal – Ferry Distância 2,5 km 8h42 Tróia – Almog

Sou uma apaixonada ... pela longa distância, a pedalar, pelo desconhecido e pelo mundo! Adoro ir em busca de novos desafios com a minha bicicleta. Adoro a liberdade de ir de lugar em lugar, somente com o meu próprio esforço, com as minhas próprias pernas, a pedalar. Adoro colecionar paisagens na minha mente. Para mim, são os meus melhores troféus! Já para não falar daqueles que tenho na sala, na época da competição. No último ano, pedalei 20.000 km. Ao longo destes 10 anos, não contabilizei todos os quilómetros que já pedalei, mas tenho a certeza que ultrapassei a barreira dos 100.000 km. Quanto mais pedalo, mais me apaixono por este universo... de surpresas, superações, alegrias e vitórias! Sempre gostei de fazer desporto! Desde criança, que me lembro, de ser ativa. Adorava brincar na rua, tipo maria-rapaz. Na escola, estava sempre com uma bola de basquetebol e já em adulta, pratiquei várias modalidades num ginásio. Sempre tive bicicleta, para dar umas voltinhas